terça-feira, 22 de junho de 2010

CAMINHANDO

Encontro sempre a saída
Para as minhas doces feridas
Nos tropeços da trajetória
No percalço e na vitória
Pela cadência da vida

Busco a tinta improvável
Pra tingir o insuportável
Com pigmentos de saudade
A efêmera eternidade
Numa plêiade incansável

Sou encontro com ninguém
Transitando no além
Com linhas da curta existência
Consturo os retalhos de toda ausência
Tristes farpas do alguém

Viajo nos trilhos da loucura
Embriagado de amargura
Conto o tempo do acaso
Adiantado relógio do atraso
Como azedume e doçura

Em 28/04/2007
Serrolândia - BA

0 comentários:

Postar um comentário