domingo, 30 de maio de 2010

A SOCIAL EXCLUSÃO

Lá estão...
Espalhados pelo mundo
Em todos os cantos e lugares
Trapos do submundo
Abandonados à margem
Do que chamam de sociedade
Serão humanos?
Serão ratos e outros bichos?
O que serão, afinal?
Os miseráveis excluídos
Excluídos da Globalização
De um sistema de privilégios
Para poucos bem nascidos.

Somos espelhos desses miseráveis
Somos também miseráveis
Busquemos a inserção do homem
No mar da exclusão do homem
Somos identidade viva
Somos luta e temos força
Gritar quando for preciso
E dizer pra todo mundo:
Não queremos mais ser excluídos!

Da força do homem
Do olhar da criança
Do riso do velho
Do choro da mãe
Do grito do fraco
O homem não é homem
O homem que exclui
Nega sua própria existência

Boa Vista do Tupim
Abril de 2002

1 comentários:

Ueiner Guedes disse...

Esse poema é um espelho. Incomoda, porque reflete nossa realidade e os nossos defeitos, ha de um homem que exclui.

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