quinta-feira, 1 de julho de 2010

OFÍCIO DE CADA DIA

Todo dia a mesma coisa
A mesma coisa todo dia
Acordo de manhã cedinho
E começa a agonia

Não bastasse a dor do sono perdido
Vem um frio de matar
Vou seguindo atordoado
Cada passo, um bocejar

O sol desperta no horizonte
A bolsa pesa no meu ombro
Meus olhos ainda remelados
Arregalam-se em assombro

Agora já mais lúcido
Estou no meio do caminho
Pessoas vestidas iguais
Me tratam com carinho

Avisto o prédio à minha frente
Agora não tem mais jeito
Ouço gritos de todos os lados
Local de trabalho perfeito

Nem me lembro do sono perdido
Mesmo que quisesse não poderia
Estou na sala de aula agora
Aguentando diversas estripolias

Volto pra casa apressado ao final
É bom descansar desse estorvo
Vivendo a ilusão sem saber que amanhã
Começará tudo de novo

Em 26/07/2002
Boa Vista do Tupim às 23h14min

2 comentários:

Lidia disse...

Simplesmente lindo,belo,formidável...
Cada palavra,cada verso expressa a alma do poeta!
O encanto das suas palavras encanta quem ler!
Parabéns!!!!!

Unknown disse...

Simplismente ... formidável ...
Simplismente sem palavras
sem palavras para descrever o sentimento,
belas lembranças
aaa saudade, diversas estripolias...
tempos que nao volta mais.
Que continua vivo em nossas lembranças
e descrito nessa incrivel poesia
PARABÉNS!!!

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