sábado, 10 de julho de 2010

O SOM DA CAATINGA

As áridas planícies do grante sertão
Desvendam os mistérios da sua alma
O sol alaranjado banha o céu
De tons em degradê
As colinas desnivelam-se mais escuras
E no horizonte as árvores balançam
Sob a brisa fresca de fim de tarde
Pássaros aglutinam-se nas copas das árvores
A fim de um sono tranquilo
A maleta na água
Ondula calmamente
Pequenas folhas que se desprendem dos galhos
Vaga-lumes cintilam o capim ressecado
E pequenas partículas de poeira
Sobem acinzentando a paisagem
Equanto nuvens disformes
Seguem seu rumo sem pressa
Ao longe, as cigarras emitem sonoridades
De um verão seco à espera das primeiras águas
Os grilos já dão o ar da graça
Numa harmonia sonora contagiante
Enquanto no céu
As estrelas fazem sua parte
Deixando tão belos
Os fins de tarde na caatinga

Em 26/09/2004
Serrolândia - BA

1 comentários:

Telma disse...

Linda poesia, o tema é fascinante, embora seja um tipo de vegetação, constitui-se num bioma, onde a vida explode mesmo nos tristes momentos de seca. Mas é aí que mora a força do caatingueiro. E quando chove q beleza, quanta alegria!!!!!!!!!!!

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